Este Blog foi criado pela Dra. Ana Cristina . A proposta é criar um espaço de divulgação, troca e produção de conhecimento em Terapia da Mão - Reabilitação do Membro Superior - interface com outros campos. Entram nesse Blog produções vindas dos mais diferentes fontes,lugares, de pessoas interessadas em utilizar o blog como fonte de informação.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Encontrei esse artigo sobre a evolução da Cadeiras de Rodas muito interessante, vale a pena conferir!!!
Tecnologia Assistiva
Cadeiras de Rodas
CADEIRAS DE RODAS E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA (*)
Introdução
Para termos uma idéia clara quanto à evolução do indispensável recurso da "tecnologia assistiva", que tem sido a cadeira de rodas, deveremos fazer cansativas pesquisas em bibliotecas de Faculdades de Medicina ou de áreas específicas, como fisioterapia, terapia ocupacional e correlatas.
Vale a pena lembrar que, espalhadas por diversos sites da Internet, poderemos encontrar muitas ilustrações que nos darão base para nossos estudos mais profundos ou para tornar mais interessantes nossos eventuais artigos ou nossas aulas, palestras e conferências, conforme o caso.
Este trabalho é uma espécie de compactação de relevantes tópicos e ilustrações sobre Cadeiras de Rodas (inclusive algumas muito sutis e perspicazes piadas).
O Surgimento de Cadeiras de Rodas
Não é difícil imaginar que a necessidade de movimentar uma pessoa acidentada ou doente com mais facilidade do que pegá-la pelas pernas, pelos braços ou colocá-la nos ombros, existiu desde os primeiros dias do homem sobre a Terra.
Embora no início levado muito naturalmente às costas de homens mais fortes pelas matas ou pradarias, o homem ferido foi aos poucos carregado sobre galhos de árvores arrastados pelo chão, ou sobre pranchas trançadas com cipós, mais facilmente arrastadas quando apoiadas em "pernas" adrede preparadas, à moda das muitas raças de índios que dominaram as planícies atualmente ocupadas pelo Canadá e Estados Unidos da América. Trenós e carrinhos de mão (que nossos habitantes da zona rural chamam de carriolas) foram também utilizados, desde a Idade Média.
No entanto, é impossível detectar em que momento algum inventivo ser humano notou que, colocando rodas sob um assento ou sob uma cama em que a pessoa estivesse acomodada, a tarefa seria menos cansativa, muito mais facilitada e demandaria muito menor esforço. Além disso, provocaria menor dor e desconforto para o transportado.
Um cartoonista analisou esse momento, com seu tom de sátira. Mas, na cena reproduzida ao lado, há uma verdade inquestionável: acidentes, pancadas, quedas, fraqueza de membros, amputações, paralisias, doenças agudas ou crônicas e outros males que levam uma pessoa ao leito, podem levar também ao uso de cadeira de rodas para movimentar-se.
Uma Primeira Ilustração de Cadeira de Rodas
Uma das primeiras e alegóricas gravuras de uma cadeira de rodas, que chegou até nós, está em um vaso grego do século IV AC. Nela aparece muito claramente Hefesto (Hephaistos), o deus grego da metalurgia e das artes mais finas, comodamente sentado em uma cadeira de rodas com aros (inovador) e acionada por dois cisnes (muito imaginativo). Ou seja, idéia de uma cadeira de rodas auto-propulsionada, anfíbia e que não demandava esforço algum do ocupante... Esse mitológico deus grego sempre foi considerado na cultura grega antiga como muito competente em sua profissão, tendo chegado até a criar assistentes seus, do sexo feminino, que eram lindas jovens de metal dourado, articuladas, inteligentes... e robotizadas.
Existe outra ilustração no bocal de um vaso grego, mais ou menos da mesma época e que certamente levou em consideração a primeira representação da cadeira de rodas de Hefesto, que nos mostra o controvertido deus metalúrgico como conviva, devidamente integrado entre seus demais "colegas" do Olimpo. É um verdadeiro exemplo de inclusão social entre os deuses principais da mitologia grega, muitos séculos antes de Cristo.
Um Berço com Rodas
A ilustração ao lado é muito rara e mais antiga. Quase desconhecida, foi pintada em um vaso grego do século VI A.C., mostrando-nos a combinação de uma cama infantil com rodinhas. É um primeiro notável exemplo de adaptação de móveis com rodas na cultura grega de séculos Antes de Cristo.
"Ridendum Castigat Mores"
O famoso cartunista Gustafson criou algumas situações que servem para analisarmos cadeiras de rodas como um recurso muito útil na vida das pessoas com deficiência. Ele segue o velho adágio latino sobre os filósofos satíricos: Ridendum castigat mores" (Rindo atinge (castiga) os costumes).
Deixa sempre, no entanto, seu recado subliminar pontiagudo. Neste caso, por exemplo, podemos pensar em: A vida de uma pessoa em cadeira de rodas, defrontando-se sempre com barreiras arquitetônicas, pode ser um inferno!!!
Cadeira de Rodas Especial de Rei
Poucas são as ilustrações de cadeiras de rodas antigas que chegaram até nossos dias e vale a pena divulgá-las. O Disability Museum dispõe de exemplos bastante notórios a partir do século XII. De séculos posteriores, uma das marcantes cadeiras de rodas, inserida numa obra da Dra. Sawatzky, ortopedista de Vancouver-Canadá, é aquela utilizada pelo rei Felipe II, da Espanha, em 1595.
Além do rei poder ser transportado com muita cautela, mas com certa facilidade pelos diversos ambientes do palácio, a cadeira de rodas foi fabricada de tal forma que tinha mecanismos para inclinação e repouso dos pés, podendo transformar-se em um leito provisório, para repouso e maior comodidade do monarca espanhol.
Cadeira de Rodas Mais Leve
Houve, com o passar dos anos, muitas famílias ricas que encomendaram cadeiras de rodas, de acordo com suas posses, que estivessem de acordo com as necessidades de seus membros e com seu estilo de vida. Isso aconteceu por diversos séculos, durante os quais não havia a produção sistemática de cadeiras de rodas.
Esse foi o caso dessa verdadeira poltrona móvel, com duas rodas maiores sob o assento e duas menores para garantir facilidade de movimentação. Era acabada em vime da Índia, pesando mais ou menos 25 quilos. Podia ter ou não sistema de propulsão ao lado das rodas. Normalmente era movimentada por outra pessoa.
Cadeiras de Rodas Mais Sofisticadas
Sendo inexistente a produção em série de cadeiras de rodas, algumas mais sofisticadas foram fabricadas por encomenda, numa base individual. Em muitos casos havia preocupação com o conforto da pessoa, conforme podemos notar pelas características dessa cadeira, com duas de suas rodas providas de aros e uma menor para tornar mais fácil o rumo a ser tomado. Era facilmente manobrável e isso já no século XVIII.
Cadeira de Rodas Auto-Manobrável
Podemos, claro, encontrar inventivos utilizadores de cadeiras de rodas que criaram seus próprios modelos, como Stephen Farfler, que era um relojoeiro paraplégico, e que foi seu criador, aos 22 anos de idade, no ano de 1655. Esse confortável modelo era movimentado pelo próprio usuário. Utilizava os dois braços e não requeria qualquer ajuda em terreno plano - desde que não houvesse barreiras, como hoje em dia.
A Modernidade Inicial das Cadeiras de Rodas
Num passo decisivo para o objetivo desenvolvimento de cadeiras de rodas mais versáteis, no ano de 1933 Herbert A. Everest, norte-americano, encomendou uma cadeira de rodas que poderia ser levada num automóvel. O engenheiro H.C. Jennings construiu para ele essa primeira cadeira de rodas dobrável. Esse modelo, devidamente patenteado como muitos outros modelos, foi utilizado por décadas, com a marca Everest/Jennings, antes que outros surgissem no mercado.
Cadeiras de Rodas para Esportes
Adaptações indispensáveis para tornar as cadeiras de rodas ágeis e seguras em determinados esportes - tais como as corridas e maratonas, o basquetebol e o tênis em cadeiras de rodas - foram criadas em todas as partes do mundo. Há modelos surpreendentes nesse campo, muito leves, com eixos especiais e muito menor proximidade do solo, como esse utilizado para tênis de quadra.
Cadeiras de Rodas em Regiões mais Pobres
David Werner, em seu livro Nothing About Us Without Us - Nada Sobre Nós Sem Nós, apresenta diversas ilustrações a respeito de tecnologias várias adaptadas a situações de extrema carência de recursos.
Uma delas relaciona-se a modelos alternativos de cadeiras ou assentos com rodas.
Werner, com sua vasta experiência em regiões montanhosas e pobres, defende a individualização das cadeiras, porque, segundo suas afirmativas, "uma criança com deficiência não é um saco debatatas". Além disso, há que se considerar que as necessidades de cada criança são sempre de alguma forma diferentes.
Becky (Amiga de Barbie) em Cadeira de Rodas
Num artigo publicado na revista One in Ten, da Rehabilitation International, no ano de 1998, Tomas Lagerwall, então do Swedish Handicap Institute (hoje é Secretário Geral da Rehabilitation International) escreveu: "Muitas garotas e alguns meninos brincam com uma boneca chamada Barbie. Becky, a amiga de Barbie, usa uma cadeira de rodas.
A boneca tem ajudado crianças a se acostumar com o fato de que algumas pessoas têm deficiência e que os recursos que usam fazem parte de suas vidas. Há também bonecos e bonecas com deficiências, sendo produzidos em países mais pobres. Esses brinquedos, que estimulam a aceitação, podem ter uma forte influência sobre as atitudes das crianças para com as deficiências" (Thomas Lagerwall).
Motorizadas e mais Modernas
Com o avanço industrial e com o surgimento de matéria-prima muito mais moldável e mais leve, além de muito maior demanda, as cadeiras de rodas evoluíram de uma forma surpreendente desde as primeiras Décadas do Século XX. Seria tarefa impossível levantar todos os modelos existentes, desde as manuais, dobráveis ou não, às hospitalares, às adaptadas a situações específicas e também às motorizadas, que aos poucos vão tomando conta do mercado, como esta da gravura.
Cadeiras de Rodas Especiais
Há modelos para muitos gostos e muitas necessidades. De triciclos (scooters) existem centenas de modelos, cores e estilos em todas as partes do mundo. Há cadeiras de rodas para todos os terrenos e superação de obstáculos também. O importante é que elas não sejam confinadoras, mas libertadoras das pessoas que as utilizam.
Gente Muito Famosa em Cadeira de Rodas
Cremos que uma das figura mais famosas e importantes, que viveu no Século XX e que foi vítima da poliomielite, quando já era Presidente dos Estados Unidos, foi Franklin Delano Roosevelt.
Embora fosse notório que seus assessores (e ele mesmo) evitassem que fosse visto ou movimentado em público e fotografado utilizando uma cadeira de rodas, não a dispensava em momentos especiais. Nesta foto, ele dava seu apoio à campanha nacional contra a poliomielite e levava ao colo seu cão para reduzir o impacto de sua evidente deficiência física.
Importância das Cadeiras de Rodas nas Campanhas de Acessibilidade
Campanhas múltiplas têm sido desenvolvidas em muitas partes do mundo, procurando chamar a atenção para os aspectos de acessibilidade que afetam sobremaneira as pessoas que usam cadeiras de rodas. Pequenos ícones estão espalhados pelos mais variados sites da Internet, pregando o acesso a todos os ambientes.
A Rehabilitation International aprovou seu projeto de ícone indicativo de acesso a cadeiras de rodas (aprovado pelo Sistema ISO de qualidade), que se tornou internacional.
Outros esforços têm sido desenvolvidos continuamente e precisam ser sempre apoiados.
(*) Otto Marques da Silva
Consultor em Reabilitação Profissional
Coordenador Geral do Centro de Referências FASTER
E-mail: falecomfaster@uol.com.br
(*) Ricardo José Del'Acqua
Engenheiro Mecânico
Web-Designer do site www.crfaster.com.br
Centro de Referências FASTER
E-mail: rdelacqua@bol.com.br
Tecnologia Assistiva
Cadeiras de Rodas
CADEIRAS DE RODAS E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA (*)
Introdução
Para termos uma idéia clara quanto à evolução do indispensável recurso da "tecnologia assistiva", que tem sido a cadeira de rodas, deveremos fazer cansativas pesquisas em bibliotecas de Faculdades de Medicina ou de áreas específicas, como fisioterapia, terapia ocupacional e correlatas.
Vale a pena lembrar que, espalhadas por diversos sites da Internet, poderemos encontrar muitas ilustrações que nos darão base para nossos estudos mais profundos ou para tornar mais interessantes nossos eventuais artigos ou nossas aulas, palestras e conferências, conforme o caso.
Este trabalho é uma espécie de compactação de relevantes tópicos e ilustrações sobre Cadeiras de Rodas (inclusive algumas muito sutis e perspicazes piadas).
O Surgimento de Cadeiras de Rodas
Não é difícil imaginar que a necessidade de movimentar uma pessoa acidentada ou doente com mais facilidade do que pegá-la pelas pernas, pelos braços ou colocá-la nos ombros, existiu desde os primeiros dias do homem sobre a Terra.
Embora no início levado muito naturalmente às costas de homens mais fortes pelas matas ou pradarias, o homem ferido foi aos poucos carregado sobre galhos de árvores arrastados pelo chão, ou sobre pranchas trançadas com cipós, mais facilmente arrastadas quando apoiadas em "pernas" adrede preparadas, à moda das muitas raças de índios que dominaram as planícies atualmente ocupadas pelo Canadá e Estados Unidos da América. Trenós e carrinhos de mão (que nossos habitantes da zona rural chamam de carriolas) foram também utilizados, desde a Idade Média.
No entanto, é impossível detectar em que momento algum inventivo ser humano notou que, colocando rodas sob um assento ou sob uma cama em que a pessoa estivesse acomodada, a tarefa seria menos cansativa, muito mais facilitada e demandaria muito menor esforço. Além disso, provocaria menor dor e desconforto para o transportado.
"Interessante mudança na roda, Og.. Para que serve?" |
Um cartoonista analisou esse momento, com seu tom de sátira. Mas, na cena reproduzida ao lado, há uma verdade inquestionável: acidentes, pancadas, quedas, fraqueza de membros, amputações, paralisias, doenças agudas ou crônicas e outros males que levam uma pessoa ao leito, podem levar também ao uso de cadeira de rodas para movimentar-se.
Uma Primeira Ilustração de Cadeira de Rodas
Hefesto a caminho de sua oficina de trabalho |
Uma das primeiras e alegóricas gravuras de uma cadeira de rodas, que chegou até nós, está em um vaso grego do século IV AC. Nela aparece muito claramente Hefesto (Hephaistos), o deus grego da metalurgia e das artes mais finas, comodamente sentado em uma cadeira de rodas com aros (inovador) e acionada por dois cisnes (muito imaginativo). Ou seja, idéia de uma cadeira de rodas auto-propulsionada, anfíbia e que não demandava esforço algum do ocupante... Esse mitológico deus grego sempre foi considerado na cultura grega antiga como muito competente em sua profissão, tendo chegado até a criar assistentes seus, do sexo feminino, que eram lindas jovens de metal dourado, articuladas, inteligentes... e robotizadas.
Existe outra ilustração no bocal de um vaso grego, mais ou menos da mesma época e que certamente levou em consideração a primeira representação da cadeira de rodas de Hefesto, que nos mostra o controvertido deus metalúrgico como conviva, devidamente integrado entre seus demais "colegas" do Olimpo. É um verdadeiro exemplo de inclusão social entre os deuses principais da mitologia grega, muitos séculos antes de Cristo.
Hefesto numa espécie de " happy hour" com os demais deuses, bem recebido por todos |
A ilustração ao lado é muito rara e mais antiga. Quase desconhecida, foi pintada em um vaso grego do século VI A.C., mostrando-nos a combinação de uma cama infantil com rodinhas. É um primeiro notável exemplo de adaptação de móveis com rodas na cultura grega de séculos Antes de Cristo.
" O que é que você esperava... rampas?!" |
"Ridendum Castigat Mores"
O famoso cartunista Gustafson criou algumas situações que servem para analisarmos cadeiras de rodas como um recurso muito útil na vida das pessoas com deficiência. Ele segue o velho adágio latino sobre os filósofos satíricos: Ridendum castigat mores" (Rindo atinge (castiga) os costumes).
Deixa sempre, no entanto, seu recado subliminar pontiagudo. Neste caso, por exemplo, podemos pensar em: A vida de uma pessoa em cadeira de rodas, defrontando-se sempre com barreiras arquitetônicas, pode ser um inferno!!!
Cadeira de Rodas Especial de Rei
Poucas são as ilustrações de cadeiras de rodas antigas que chegaram até nossos dias e vale a pena divulgá-las. O Disability Museum dispõe de exemplos bastante notórios a partir do século XII. De séculos posteriores, uma das marcantes cadeiras de rodas, inserida numa obra da Dra. Sawatzky, ortopedista de Vancouver-Canadá, é aquela utilizada pelo rei Felipe II, da Espanha, em 1595.
Além do rei poder ser transportado com muita cautela, mas com certa facilidade pelos diversos ambientes do palácio, a cadeira de rodas foi fabricada de tal forma que tinha mecanismos para inclinação e repouso dos pés, podendo transformar-se em um leito provisório, para repouso e maior comodidade do monarca espanhol.
Cadeira de Rodas Mais Leve
Houve, com o passar dos anos, muitas famílias ricas que encomendaram cadeiras de rodas, de acordo com suas posses, que estivessem de acordo com as necessidades de seus membros e com seu estilo de vida. Isso aconteceu por diversos séculos, durante os quais não havia a produção sistemática de cadeiras de rodas.
Esse foi o caso dessa verdadeira poltrona móvel, com duas rodas maiores sob o assento e duas menores para garantir facilidade de movimentação. Era acabada em vime da Índia, pesando mais ou menos 25 quilos. Podia ter ou não sistema de propulsão ao lado das rodas. Normalmente era movimentada por outra pessoa.
Cadeiras de Rodas Mais Sofisticadas
Sendo inexistente a produção em série de cadeiras de rodas, algumas mais sofisticadas foram fabricadas por encomenda, numa base individual. Em muitos casos havia preocupação com o conforto da pessoa, conforme podemos notar pelas características dessa cadeira, com duas de suas rodas providas de aros e uma menor para tornar mais fácil o rumo a ser tomado. Era facilmente manobrável e isso já no século XVIII.
Cadeira de Rodas Auto-Manobrável
Podemos, claro, encontrar inventivos utilizadores de cadeiras de rodas que criaram seus próprios modelos, como Stephen Farfler, que era um relojoeiro paraplégico, e que foi seu criador, aos 22 anos de idade, no ano de 1655. Esse confortável modelo era movimentado pelo próprio usuário. Utilizava os dois braços e não requeria qualquer ajuda em terreno plano - desde que não houvesse barreiras, como hoje em dia.
A Modernidade Inicial das Cadeiras de Rodas
Num passo decisivo para o objetivo desenvolvimento de cadeiras de rodas mais versáteis, no ano de 1933 Herbert A. Everest, norte-americano, encomendou uma cadeira de rodas que poderia ser levada num automóvel. O engenheiro H.C. Jennings construiu para ele essa primeira cadeira de rodas dobrável. Esse modelo, devidamente patenteado como muitos outros modelos, foi utilizado por décadas, com a marca Everest/Jennings, antes que outros surgissem no mercado.
Cadeiras de Rodas para Esportes
Adaptações indispensáveis para tornar as cadeiras de rodas ágeis e seguras em determinados esportes - tais como as corridas e maratonas, o basquetebol e o tênis em cadeiras de rodas - foram criadas em todas as partes do mundo. Há modelos surpreendentes nesse campo, muito leves, com eixos especiais e muito menor proximidade do solo, como esse utilizado para tênis de quadra.
Cadeiras de Rodas em Regiões mais Pobres
David Werner, em seu livro Nothing About Us Without Us - Nada Sobre Nós Sem Nós, apresenta diversas ilustrações a respeito de tecnologias várias adaptadas a situações de extrema carência de recursos.
Uma delas relaciona-se a modelos alternativos de cadeiras ou assentos com rodas.
Werner, com sua vasta experiência em regiões montanhosas e pobres, defende a individualização das cadeiras, porque, segundo suas afirmativas, "uma criança com deficiência não é um saco debatatas". Além disso, há que se considerar que as necessidades de cada criança são sempre de alguma forma diferentes.
Becky (Amiga de Barbie) em Cadeira de Rodas
Num artigo publicado na revista One in Ten, da Rehabilitation International, no ano de 1998, Tomas Lagerwall, então do Swedish Handicap Institute (hoje é Secretário Geral da Rehabilitation International) escreveu: "Muitas garotas e alguns meninos brincam com uma boneca chamada Barbie. Becky, a amiga de Barbie, usa uma cadeira de rodas.
A boneca tem ajudado crianças a se acostumar com o fato de que algumas pessoas têm deficiência e que os recursos que usam fazem parte de suas vidas. Há também bonecos e bonecas com deficiências, sendo produzidos em países mais pobres. Esses brinquedos, que estimulam a aceitação, podem ter uma forte influência sobre as atitudes das crianças para com as deficiências" (Thomas Lagerwall).
Motorizadas e mais Modernas
Com o avanço industrial e com o surgimento de matéria-prima muito mais moldável e mais leve, além de muito maior demanda, as cadeiras de rodas evoluíram de uma forma surpreendente desde as primeiras Décadas do Século XX. Seria tarefa impossível levantar todos os modelos existentes, desde as manuais, dobráveis ou não, às hospitalares, às adaptadas a situações específicas e também às motorizadas, que aos poucos vão tomando conta do mercado, como esta da gravura.
Cadeiras de Rodas Especiais
Há modelos para muitos gostos e muitas necessidades. De triciclos (scooters) existem centenas de modelos, cores e estilos em todas as partes do mundo. Há cadeiras de rodas para todos os terrenos e superação de obstáculos também. O importante é que elas não sejam confinadoras, mas libertadoras das pessoas que as utilizam.
Gente Muito Famosa em Cadeira de Rodas
Cremos que uma das figura mais famosas e importantes, que viveu no Século XX e que foi vítima da poliomielite, quando já era Presidente dos Estados Unidos, foi Franklin Delano Roosevelt.
Embora fosse notório que seus assessores (e ele mesmo) evitassem que fosse visto ou movimentado em público e fotografado utilizando uma cadeira de rodas, não a dispensava em momentos especiais. Nesta foto, ele dava seu apoio à campanha nacional contra a poliomielite e levava ao colo seu cão para reduzir o impacto de sua evidente deficiência física.
Importância das Cadeiras de Rodas nas Campanhas de Acessibilidade
Campanhas múltiplas têm sido desenvolvidas em muitas partes do mundo, procurando chamar a atenção para os aspectos de acessibilidade que afetam sobremaneira as pessoas que usam cadeiras de rodas. Pequenos ícones estão espalhados pelos mais variados sites da Internet, pregando o acesso a todos os ambientes.
A Rehabilitation International aprovou seu projeto de ícone indicativo de acesso a cadeiras de rodas (aprovado pelo Sistema ISO de qualidade), que se tornou internacional.
Outros esforços têm sido desenvolvidos continuamente e precisam ser sempre apoiados.
(*) Otto Marques da Silva
Consultor em Reabilitação Profissional
Coordenador Geral do Centro de Referências FASTER
E-mail: falecomfaster@uol.com.br
(*) Ricardo José Del'Acqua
Engenheiro Mecânico
Web-Designer do site www.crfaster.com.br
Centro de Referências FASTER
E-mail: rdelacqua@bol.com.br
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Noticias pelo Mundo: Espanha
laopinióndemalaga.es » Málaga Sanidad
Terapia ocupacional, el oficio de proporcionar autonomía
La adaptación del entorno o el uso de ayudas técnicas es el trabajo de los terapeutas
Una terapeuta con material para los pacientes. La Opinión
MATUCHA GARCÍA. MÁLAGA La terapia ocupacional fue definida por la asociación americana en 1968 como «el arte y la ciencia de dirigir la respuesta del hombre a la actividad seleccionada para favorecer y mantener la salud, para prevenir la incapacidad, para valorar la conducta y para tratar o adiestrar a los pacientes con disfunciones físicas o psicosociales».
Recientemente, la asociación española de terapeutas ocupacionales la calificaba como «la disciplina socio-sanitaria que evalúa la capacidad de la persona para desempeñar las actividades de la vida cotidiana e interviene cuando dicha capacidad está en riesgo o dañada por cualquier causa. El terapeuta ocupacional utiliza la actividad con propósito y el entorno para ayudar a la persona a adquirir el conocimiento, las destrezas y actitudes necesarias para desarrollar las tareas cotidianas requeridas y conseguir el máximo de autonomía e integración».
Para muchos es una de las grandes desconocidas del ámbito sanitario. La terapeuta Adela Barranco Gómez nos acerca a la realidad de esta profesión y a las ventajas que proporciona al paciente. Una intervención en terapia ocupacional busca conseguir el máximo nivel de autonomía personal de aquel que depende de otros para llevar a cabo actividades diarias como alimentarse, vestirse o asearse.
«Se trata de aumentar el nivel de autonomía y reducir la dependencia. Además estos profesionales tratamos las disfunciones o patologías relativas al brazo y a la mano», comenta Adela Barranco, que es responsable del equipo de terapia ocupacional del hospital Quirón.
¿Es posible superar determinadas barreras físicas y psíquicas? Sí, precisamente gracias a la terapia ocupacional. En definitiva esta disciplina interviene en cualquier proceso de pérdida de autonomía. Accidentes cerebrovasculares, traumatismos craneoencefálicos, el síndrome del túnel del carpo –es una neuropatía periférica que ocurre cuando el nervio mediano, que abarca desde el antebrazo hasta la mano, se presiona o se atrapa dentro del túnel carpiano, a nivel de la muñeca–. También a nivel psiquiátrico y en atención temprana entran en juego estos profesionales.
Para empezar se realiza una valoración inicial en la que se analiza función por función el estado del paciente, si la demanda es por pérdida de autonomía; o, si es sobre el miembro superior, se estudia articulación por articulación.
Actividades dirigidas para mejorar la coordinación; adaptación de cubiertos, girándolos un ángulo de 90 grados, engrosando el mango, haciéndolos más o menos pesados; así como todo tipo de ayudas técnicas, son en la práctica algunas de las útiles labores que desarrollan los terapeutas.
«Por ejemplo, somos nosotros los que adaptamos el entorno del paciente. Si una persona con una lesión medular, que sabe que va a estar de por vida en una silla de ruedas, tiene un baño pequeño, nosotros tratamos de determinar cómo reformar ese cuarto de baño con los menos cambios posibles y la mayor funcionalidad y accesibilidad para esa persona», explica Adela Barranco. «O entrenamos al paciente en el uso de la silla de ruedas», subraya la experta.
La otra gran parcela es el tratamiento de las patologías o disfunciones del miembro superior y la mano (el brazo y la mano), lo que se denomina motricidad fina. «Nos dedicamos a rehabilitar todas las funciones concretas del brazo y de la mano», reseña.
La terapeuta ocupacional explica además que queda mucho por hacer aún en esta parcela. «No es una profesión tan nueva. En España existe ya desde el año 64, pero es cierto que hace falta impulsarla más. Yo sí creo que es la gran desconocida de las profesiones sanitarias», declara a este periódico. Para este tipo de pacientes acudir a un terapeuta ocupacional puede y debe suponer un antes y un después en su vida, dice.
Técnicas de los especialistas
Tienen una función primordial en materia de ayudas técnicas y adaptaciones así como en la evaluación e implementación de ortesis y prótesis; las técnicas de transferencias y movilidad en la cama; las transferencias asistidas y las independientes; las técnicas de levantamiento; el manejo de la silla de ruedas; la movilidad del individuo con discapacidad y la detección de barreras arquitectónicas y urbanísticas y el abordaje de los problemas de movilidad en el hogar.
Respecto de los campos de actuación propios de la terapia ocupacional se mencionan: discapacidades físicas y sensoriales, drogodependencia, educación, geriatría, marginación social, pediatría, discapacidad intelectual, rehabilitación laboral, salud mental, trastornos neurológicos, trastornos posquirúrgicos e intervención comunitaria.
Fonte: http://www.laopiniondemalaga.es/
Terapia ocupacional, el oficio de proporcionar autonomía
La adaptación del entorno o el uso de ayudas técnicas es el trabajo de los terapeutas
Una terapeuta con material para los pacientes. La Opinión
MATUCHA GARCÍA. MÁLAGA La terapia ocupacional fue definida por la asociación americana en 1968 como «el arte y la ciencia de dirigir la respuesta del hombre a la actividad seleccionada para favorecer y mantener la salud, para prevenir la incapacidad, para valorar la conducta y para tratar o adiestrar a los pacientes con disfunciones físicas o psicosociales».
Recientemente, la asociación española de terapeutas ocupacionales la calificaba como «la disciplina socio-sanitaria que evalúa la capacidad de la persona para desempeñar las actividades de la vida cotidiana e interviene cuando dicha capacidad está en riesgo o dañada por cualquier causa. El terapeuta ocupacional utiliza la actividad con propósito y el entorno para ayudar a la persona a adquirir el conocimiento, las destrezas y actitudes necesarias para desarrollar las tareas cotidianas requeridas y conseguir el máximo de autonomía e integración».
Para muchos es una de las grandes desconocidas del ámbito sanitario. La terapeuta Adela Barranco Gómez nos acerca a la realidad de esta profesión y a las ventajas que proporciona al paciente. Una intervención en terapia ocupacional busca conseguir el máximo nivel de autonomía personal de aquel que depende de otros para llevar a cabo actividades diarias como alimentarse, vestirse o asearse.
«Se trata de aumentar el nivel de autonomía y reducir la dependencia. Además estos profesionales tratamos las disfunciones o patologías relativas al brazo y a la mano», comenta Adela Barranco, que es responsable del equipo de terapia ocupacional del hospital Quirón.
¿Es posible superar determinadas barreras físicas y psíquicas? Sí, precisamente gracias a la terapia ocupacional. En definitiva esta disciplina interviene en cualquier proceso de pérdida de autonomía. Accidentes cerebrovasculares, traumatismos craneoencefálicos, el síndrome del túnel del carpo –es una neuropatía periférica que ocurre cuando el nervio mediano, que abarca desde el antebrazo hasta la mano, se presiona o se atrapa dentro del túnel carpiano, a nivel de la muñeca–. También a nivel psiquiátrico y en atención temprana entran en juego estos profesionales.
Para empezar se realiza una valoración inicial en la que se analiza función por función el estado del paciente, si la demanda es por pérdida de autonomía; o, si es sobre el miembro superior, se estudia articulación por articulación.
Actividades dirigidas para mejorar la coordinación; adaptación de cubiertos, girándolos un ángulo de 90 grados, engrosando el mango, haciéndolos más o menos pesados; así como todo tipo de ayudas técnicas, son en la práctica algunas de las útiles labores que desarrollan los terapeutas.
«Por ejemplo, somos nosotros los que adaptamos el entorno del paciente. Si una persona con una lesión medular, que sabe que va a estar de por vida en una silla de ruedas, tiene un baño pequeño, nosotros tratamos de determinar cómo reformar ese cuarto de baño con los menos cambios posibles y la mayor funcionalidad y accesibilidad para esa persona», explica Adela Barranco. «O entrenamos al paciente en el uso de la silla de ruedas», subraya la experta.
La otra gran parcela es el tratamiento de las patologías o disfunciones del miembro superior y la mano (el brazo y la mano), lo que se denomina motricidad fina. «Nos dedicamos a rehabilitar todas las funciones concretas del brazo y de la mano», reseña.
La terapeuta ocupacional explica además que queda mucho por hacer aún en esta parcela. «No es una profesión tan nueva. En España existe ya desde el año 64, pero es cierto que hace falta impulsarla más. Yo sí creo que es la gran desconocida de las profesiones sanitarias», declara a este periódico. Para este tipo de pacientes acudir a un terapeuta ocupacional puede y debe suponer un antes y un después en su vida, dice.
Técnicas de los especialistas
Tienen una función primordial en materia de ayudas técnicas y adaptaciones así como en la evaluación e implementación de ortesis y prótesis; las técnicas de transferencias y movilidad en la cama; las transferencias asistidas y las independientes; las técnicas de levantamiento; el manejo de la silla de ruedas; la movilidad del individuo con discapacidad y la detección de barreras arquitectónicas y urbanísticas y el abordaje de los problemas de movilidad en el hogar.
Respecto de los campos de actuación propios de la terapia ocupacional se mencionan: discapacidades físicas y sensoriales, drogodependencia, educación, geriatría, marginación social, pediatría, discapacidad intelectual, rehabilitación laboral, salud mental, trastornos neurológicos, trastornos posquirúrgicos e intervención comunitaria.
Fonte: http://www.laopiniondemalaga.es/
Assinar:
Postagens (Atom)