terça-feira, 31 de agosto de 2010

Edição nº. 30- Leia On-line   

                                                                                                    
     Meio Ambiente - Inclusão Digital - Responsabilidade Social


Terapia ocupacional devolve a liberdade à pacientes hemiplégicos
Liberdade. O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Liberdade significa autonomia, independência. E se você perdesse a liberdade? E se tivesse que ser dependente de outro para fazer até as mais simples tarefas do cotidiano? A sensação de perda da liberdade permeia a vida das pessoas que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mais conhecido como "derrame", pois a pessoa que sobrevive passa a conviver com deficiências neurológicas e incapacidades que interferem profundamente em seu desempenho ocupacional, fazendo com que, num primeiro momento, ele dependa de um familiar ou de um cuidador para fazer praticamente todas as suas atividades cotidianas.

sábado, 28 de agosto de 2010

Comprovação científica: Terapia Ocupacional em AVC


Foi comprovado, por meio de estudo de revisão sistemática de literatura, que a presença da Terapia Ocupacional na abordagem das Atividades de Vida Diária com o paciente vítima de AVC tem efeito positivo. Este dado nos auxilia a fundamentar cientificamente a presença do terapeuta ocupacional com sua abordagem única nas equipes que tratam destes casos. A Terapia Ocupacional não é um luxo na reabilitação destes pacientes - é uma condição primodial quando se almeja a independência funcional e a recuperação da capacidade ocupacional em AVDs. Abaixo a referência bibliográfica. Se vc quiser o artigo na íntegra, envie-me uma mensagem por e-mail.

Occupational therapy for patients with problems in activities of daily living after stroke
Legg LA, Drummond AE, Langhorne P

The Cochrane Database of Systematic Reviews 2007 Issue 4, Copyright © 2007 The Cochrane Collaboration. Published by John Wiley and Sons, Ltd.. The full text of the review is available in The Cochrane Library (ISSN 1464-780X).

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

      Eventos

CIF:  Treinamento sobre a CIF
Dias 11 e 12 de setembro
Local: IPAFIR - Rua Fagundes Dias, 157 - Saúde, São Paulo/SP. Tel.: 5594-5782.
As inscrições podem ser feitas pelo contato no site http://www.cifbrasil.com.br/
Tem uma aula disponível sobre a CIF no blog: http://www.cifbrasil.blogspot.com/

Jornada dias 08 e 09:

IX Jornada de Reabilitação da Mão - Atualização da prática:

O que avaliar e como tratar
Local: Joinville- Santa Catarina
Data: 08 e 09 de outubro de 2010,
Fonte: Sociedade Brasileira de Terapia de Mão 2010-2011
http://www.sbtm.org.br/ contato.sbtm@gmail.com

 CURSO DE ÓRTESES EM JOINVILLE

Ministrado pela Terapeuta Ocupacional Renata Guimarães de São Paulo.
Formação AACD em Reabilitação Neurológica e na USP em Terapia da Mão.
Valor: 700,00 parcelado em 2x 350,00 ( 5 de julho/ 05 de agosto)
Datas:28 e 29 de agosto
Horário: 08:00 as 12:00 e 14:00 as 18:00
Cidade: Joinville - SC
Local: Cliníca Ortotruma Fisioterapia Informações:(47) 3026-5155 ou 9954-9648
Maiores informações vera.lehm@hotmail.com


vagas limitadas
             USP

     Saúde - 26.08.10

       Cuidados paliativos são tema de simpósio em Ribeirão Preto




O senso comum tende a acreditar que avanços na medicina ocorrem somente quando são encontradas curas para doenças graves. Entretanto, parte desta evolução consiste também em proporcionar a doentes com pouca perspectiva de cura qualidade de vida, conforto e alívio da dor. Este trabalho é o foco de pesquisa do Grupo de Cuidados Paliativos, do campus da USP em Ribeirão Preto, que organiza, de 15 a 16 de outubro, o primeiro Simpósio de Cuidados Paliativos - A interdisciplinaridade no contexto dos cuidados paliativos. As inscrições para o evento já estão abertas.

"Uma das motivações da iniciativa é estimular acadêmicos a se prepararem para estes cuidados, além de capacitar profissionais do sistema público e privado e pessoas interessadas que atuem em instituições e órgãos afins. A professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Marysia Mara Rodrigues do Prado de Carlo, destaca a relevância do evento por colocar o tema em discussão. Segundo ela, é preciso "entender que, já que todos vamos morrer, que seja com dignidade".

Estrutura
O grupo de cuidados paliativos, que existe desde 1996, é interdisciplinar e envolve profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação de áreas distintas como medicina, terapia ocupacional, enfermagem, psicologia e filosofia, todos do campus da USP em Ribeirão Preto. Em dezembro do ano passado, foi oficializado pelo Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão (HCFMRP) da USP o Centro de Cuidados Paliativos, que conta atualmente com um terapeuta ocupacional, um psicológo e um médico exclusivos e presta assistência a todo o hospital.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dominância Lateral     


Quando se fala em esquerdismo, associa-se normalmente este termo apenas ao uso preferencial da mão esquerda sobre a direita. No entanto, a dominância lateral não se refere apenas à mão predominantemente utilizada, estendendo-se a todos os órgãos pares do corpo: mãos, pés, olhos e ouvidos.

Na avaliação do tipo de lateralidade (dextrismo ou esquerdismo), costuma-se observar a sua natureza, o seu grau e a sua homogeneidade:

1 - Quanto à sua natureza, a predominância poderá ser normal, natural, ou patológica:

Dextro Normal: Estruturação cerebral predominante no hemisfério esquerdo;
Esquerdino Normal: Os seus principais centros cerebrais estão naturalmente no hemisfério direito;
Esquerdino Patológico: Os seus principais comandos cerebrais estão no hemisfério direito porque há lesão no esquerdo.

Quando uma criança, originalmente dextra, sofreu qualquer lesão no seu hemisfério cerebral esquerdo, vê-se obrigada a utilizar o lado direito do seu cérebro para compensar aquela deficiência, passando por isso a verificar-se uma dominância dos órgãos do lado esquerdo do seu corpo. Trata-se de um falso esquerdismo, ou seja, de uma situação que por acidente e necessidade se tornou contrária ao potencial inicial da criança.

Nestes casos é inteiramente contra-indicada qualquer tentativa de educar o lado direito da criança, pois que as áreas cerebrais que o comandam estão danificadas. Há sim que ajudar a criança a tentar tirar o melhor partido possível do seu lado esquerdo.

2 - Quanto ao grau, a dominância pode ser mais ou menos marcada:

Totalmente dextro
Totalmente esquerdino
Ambidextro
Ambimanismo
Estados intermédio.

Hildreth propôs uma fórmula para a avaliação do índice de predominância de um órgão sobre o seu par, designando-a por Índice de Dominância Lateral (IDL).
Esta fórmula é a seguinte: IDL = (D - E) / (D + E)
D - Número de actividades executadas pela direita
E - Número de actividades executa das pela esquerda
O IDL varia entre +1 (dextros a 100%) e -1 (esquerdinos a 100%), situando-se os ambidextros a níveis próximos do zero.

O Esquerdismo Manual refere-se à predominância da mão esquerda sobre a mão direita; a mão esquerda com mais destreza e sendo mais utilizada que a direita.
O Esquerdismo Pedal designa o pé esquerdo como o mais utilizado e o mais hábil.
O Esquerdismo Auditivo indica que o ouvido esquerdo tem predominância na recepção auditiva, sendo o mais utilizado.
A existência de um ouvido dominante não implica, porém, necessariamente qualquer ligação com as capacidades auditivas. É o utilizado preferencialmente e não obrigatoriamente o que ouvirá melhor.
O Esquerdismo Visual também não tem relação directa com a acuidade visual. Designa a vista que mais se utiliza preferencialmente.
O Esquerdismo da Movimentação Visual: devido ás exigências da escrita da nossa cultura ocidental, há o hábito de se mover a visão da esquerda para a direita, quando se procede a qualquer leitura ou observação visual. A criança é desde cedo levada pelo meio em que vive a observar visualmente da esquerda para a direita (quer se trate de uma paisagem, de uma fotografia ou de qualquer outra coisa), muito antes de aprender a ler - que também é nesse sentido.
O esquerdismo da movimentação visual reflecte-se na leitura na tendência para ler ao contrário, da direita para a esquerda.
M Jadoulle, refere que, no início da escolaridade básica, 50 a 60 % das crianças observam visualmente da esquerda para a direita, e 40 a 50 % fazem-no da direita para a esquerda.
Com os efeitos da educação escolar e sobretudo pela aprendizagem da leitura, pelos 11-12 anos, já 64 a 80% das crianças observam da esquerda para a direita.
A Ambidextria é a pior fórmula, do ponto de vista de adaptação e de reeducação. A criança não possui qualquer dominância de um lado sobre o outro (IDL=0) e por isso fica oscilando entre ambos sem desenvolver nenhum devidamente.
O Ambimanismo é semelhante à situação anterior, mas aqui a criança possui bastante destreza e habilidade em ambas as mãos.

3 - A homogeneidade refere-se à dominância dos diferentes membros e órgãos no mesmo indivíduo, podendo ser:

Homogénea - Dominância igual de todos os órgãos.
Cruzada - Uns órgãos são de dominância esquerda e outros de direita

A lateralização cruzada aparece em muitos casos acompanhada de desequilíbrios e de perturbações psicológicas, podendo estar na origem destes. Uma dominância manual direita cruzada com uma dominância esquerda da movimentação visual, pode, por exemplo, levar a problemas de leitura.
Fonte: Desenvolvido por Norman Bitner

                          
   De 28 de Setembro a 01 de Outubro 2010 -
    Centro de Convenções de  Pernambuco




segunda-feira, 23 de agosto de 2010

    
 CIF

Classificação Internacional da Funcionalidade,Incapacidade e saúde

A publicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que classifica o funcionamento, a saúde e a deficiência do ser humano a nível mundial, põe em causa as idéias tradicionais sobre a saúde e a deficiência. A CIF (Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) foi aceita por 191 países como a nova norma internacional para descrever e avaliar a saúde e a deficiência.
Aplicando a CIF, a OMS estima que cada ano se perdem 500 milhões de anos de vida em boa saúde devido às deficiências associadas a problemas de saúde. Isto representa mais da metade dos anos perdidos devido a mortes prematuras. A CIF proporciona um instrumento comum para quantificar este grave problema.
Enquanto os indicadores tradicionais se baseiam em taxas de mortalidade da população, a CIF focaliza o seu interesse no conceito "vida", considerando a forma como as pessoas vivem os seus problemas de saúde e como estas podem melhorar as suas condições de vida para que consigam ter uma existência produtiva e enriquecedora. Isto tem implicações sobre a prática da medicina, sobre a legislação e políticas sociais destinadas a melhorar o acesso aos cuidados de saúde, bem como à proteção dos direitos individuais e coletivos.
A CIF transforma a nossa visão da deficiência, que não é mais o problema de um grupo minoritário e não se limita unicamente às pessoas com deficiência visível ou em cadeiras de rodas. Por exemplo, uma pessoa afetada por HIV pode ficar incapacitada em termos de oportunidades de participação ativa na sua profissão. Neste caso a CIF apresenta diferentes perspectivas para direcionar medidas pertinentes visando a possibilidade dessa pessoa continuar integrada na vida ativa e participar plenamente na vida da comunidade.
A CIF toma em consideração os aspectos sociais da deficiência e propõe um mecanismo para estabelecer o impacto do ambiente social e físico sobre a funcionalidade da pessoa. Por exemplo, quando uma pessoa com uma deficiência grave tem dificuldade em trabalhar num determinado edifício porque não existem rampas ou elevadores, a CIF identifica as prioridades de intervenção, o que supõe, neste caso, que esse edifício possua essas acessibilidades, em vez dessa pessoa se sentir obrigada a desistir do seu emprego.
A CIF coloca todas as doenças e problemas de saúde em pé de igualdade, sejam quais forem as suas causas. Uma pessoa pode não ir trabalhar devido a uma gripe ou uma angina, mas também por causa de uma depressão. Esta aproximação neutra colocou as perturbações mentais ao mesmo nível das patologias físicas e contribuiu para reconhecer e estabelecer a carga mundial de morbidade associada aos problemas depressivos, que representam atualmente a causa principal de anos de vida perdidos em razão das incapacidades.
A CIF resulta de um esforço de 7 anos de um trabalho no qual participaram ativamente 65 países. Foram empreendidos rigorosos estudos científicos de forma a que a CIF se possa aplicar independentemente da cultura, grupo etário ou sexo, de modo a tornar possível a coleta de dados confiáveis e susceptíveis de comparação, relativamente aos critérios de saúde dos indivíduos e das populações. Atualmente a OMS está realizando pesquisas em todo o mundo para recolher dados baseados na CIF.

Objetivos da CIF.
A CIF é uma classificação desenvolvida com o duplo propósito de utilização em várias disciplinas e em diferentes setores. Os seus objetivos específicos são os seguintes:
Apresentar uma base científica para a compreensão e o estudo da saúde e dos estados com ela relacionados, bem como os resultados e suas determinantes;
Estabelecer uma linguagem comum para descrever a saúde e os estados com ela relacionados, para melhorar a comunicação entre os diferentes usuários, tais como profissionais de saúde, investigadores, legisladores de políticas de saúde e a população em geral, incluindo as pessoas com deficiência;
Permitir a comparação dos dados entre países, entre as disciplinas de saúde, entre os serviços, e em diferentes momentos ao longo do tempo;
Proporcionar um esquema de codificação sistematizado de forma a ser aplicado nos sistemas de informação da saúde.
Estes objetivos encontram-se interligados entre si, uma vez que a necessidade e a utilização da CIF requer a construção de um sistema relevante e útil que possa aplicar-se em âmbitos distintos: na política de saúde, na avaliação da qualidade da assistência e avaliação das conseqüências em diferentes culturas.

Aplicações da CIF.
Desde a sua publicação como versão experimental em 1980, a CIF tem sido utilizada para diferentes finalidades, por exemplo:
Como ferramenta estatística - na recolha e registro de dados (ex. em pesquisas e estudos da população ou em sistemas de tratamento de informação);
Como ferramenta de investigação - para medir resultados, qualidade de vida ou fatores ambientais;
Como ferramenta clínica - na valoração de necessidades, para homogeneizar tratamentos com condições específicas de saúde, na valoração vocacional, na reabilitação e na avaliação de resultados;
Como instrumento de política social - no planejamento de sistemas de segurança social, sistemas de compensação, e para conceber e implementar políticas;
Como instrumento educativo - para estruturar o "currículo" e de forma a aumentar a conscientizazação da sociedade e desenvolver atividades sociais.
Dado que a CIF é intrinsecamente uma classificação da saúde e dos aspectos "relacionados com a saúde", também se utiliza em outros setores como as companhias de seguros, a segurança social, o sistema laboral, a educação, a economia, a política social, no desenvolvimento de legislação e nas modificações ambientais. Foi aceita como uma das classificações sociais das Nações Unidas e incorpora as Regras Gerais sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com Deficiência(*). Como tal, a CIF oferece-nos um instrumento apropriado para implementar as normas internacionais relativas aos direitos humanos, assim como as legislações nacionais.
A CIF dispõe de um amplo leque de aplicações, como por exemplo, na segurança social, na avaliação dos cuidados de saúde e em estudos demográficos de âmbito local, nacional e internacional. Constitui também um marco de referência conceitual para a informação que é aplicável aos cuidados de saúde individuais, incluindo a prevenção, a promoção da saúde e a melhoria da participação, eliminando ou mitigando os obstáculos de índole social e promovendo o desenvolvimento de suportes sociais e de elementos facilitadores. É também relevante para o estudo dos sistemas de prestação de cuidados de saúde, tanto para a formulação como para a avaliação de políticas. (Comunicado de imprensa da OMS - 15 de Novembro de 2001)